Ser músico em tempos de crise

Economia do nosso país finalmente chega com força no mercado da música e é bem preocupante.



Há poucos dias eu conversava com um, vendedor de shows de alguns artistas no cenário nacional, e o indagava sobre as perspectivas do mercado para esse ano. A resposta foi decepcionante: "Baixas, o mercado tá muito ruim".

Não descobri ainda prazer maior nessa vida do que fazer música, mostrar minha arte e ganhar uma grana. Por esse motivo, ando pensativo em relação à profissão.
O que fazer se o mercado está ruim para todo mundo? O que posso fazer para melhorar essa situação?

Este texto é praticamente um desabafo e um pequeno modo que vi de ajudar alguém que esteja na mesma situação que eu.

Primeira coisa: fazer o seu! Independente do mercado, de gravadoras, produtoras, artistas...
Faça o seu! Nada me dá mais prazer do que criar, gravar e estudar. É o alimento do artista! E isso me da forças para seguir em frente.

Segundo lugar: tenho tido tempo de cuidar da saúde, coisa que no meio de turnês longas e viagens cansativas não conseguia fazer.
Vou à academia praticamente todos os dias. Além de musculação, procuro fazer um exercício aeróbico diariamente, correr ou até um futebol. Seguramente o esporte ajuda na resistência do baterista ou percussionista na hora do play.

Terceiro lugar: estudar e pesquisar. Com esse 'tempo de sobra', tenho estudado mais do que costumava em outras épocas. É impressionante a diferença que esse estudo diário faz na hora do show. Não digo um estudo bitolado, a simples prática e contato com o instrumento trazem uma facilidade notável que acaba se transformando em orgânico na hora do show.

A pesquisa também é fundamental, principalmente para as inspirações na horar de criar ou até de gravar. Fico horas no Youtube procurando influencias, novas levadas para tentar aplicar nos meus trabalhos.

A última: continuar fazendo o melhor para as portas irem sempre se abrindo e as oportunidades aparecendo.

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